[O dia cura todas as feridas da alma.]

[Autógrafo]
[Victor Giudice]



Português

Se você conheceu ou foi amigo de Victor Giudice, aperte o botão e dê um breve depoimento sobre ele:


FRIENDS (1)


Um elenco numeroso e devotado de amigos foi o maior patrimônio acumulado por Victor Giudice. Ele sabia cultivá-los com generosidade, imperturbável bom humor e um talento extraordinário para contar histórias e transformar o cotidiano num permanente exercício da espirituosidade e da inteligência.
Aqui estão alguns depoimentos de amigos e conhecidos sobre a convivência com Victor. Esta página será atualizada periodicamente, incorporando novas contribuições (veja botão à esquerda).


Conheci o Victor num momento em que redefinia toda a minha vida. Era o ano de 1976, eu cursava Jornalismo na UFF e começava a trabalhar no Banco do Brasil. De lá para cá, não vejo uma decisão importante, uma mudança de rumo ou uma nova descoberta que não tenha tido, de alguma maneira, a participação do "Vitinho". Mais que amigo, guru, meio irmão, meio pai, ele tornou-se um parâmetro de conhecimento, generosidade e alegria na minha vida. Sua falta continua a doer como uma pedra no peito, mas a inspiração que ele deixou ainda me faz voar - e fará sempre.

Carlos Alberto Mattos - Rio


O Victor era um homem simples, carinhoso, não ligava pra dinheiro, amava de verdade os amigos. Uma vez, quando fiquei doente, ele correu quase todas as farmácias da Tijuca a pé pra me comprar um remédio. Ficava contente por eu gostar de música clássica e me deu quase todos os CDs que tenho e me levou ao Municipal de camarote! Sei que ele era um escritor importante e era culto, mas me tratava de igual para igual. Entrava na minha cozinha, destampava as panelas, implorava um ovo frito, sentava no chão com o prato na mão e achava tudo uma delícia. Na saída me beijava. Mal sei escrever mas sei que as palavras não medem a saudade. Ainda bem que pude ajudar ele quando ele mais precisou. Espero, como promete a Bíblia, o dia que vamos nos encontrar de novo.

Nasinha - Rio


"Soneto, vou te contar uma história. Mas você não conte pra NINGUÉM !" E metade da cidade já sabia. Todos que conheceram Victor Giudice, mesmo de maneira superficial, têm uma história sobre ele. Victor era capaz de pagar um sanduíche no Paladino e fazer você ter a certeza de que passou pela experiência mais suntuosa da sua vida (e, de modo geral, passava mesmo). Victor era um sedutor, e seduzia a todos com a sua personalidade, intelecto e generosa amizade. Seus amigos eram tão preciosos que eram usados como avatares numa simbiose curiosa: ele nos apontava na mesma proporção em que apontávamos para ele. Hugo Sukman certa vez me agraciou com uma bela definição para esse fenômeno. Esperávamos o Victor nos jardins do Museu da República, para uma palestra, e ele, tranqüilo, sentenciou(uma sentença que vale para o próprio Hugo): "O Victor é a prova viva de que se pode perdoar tudo num homem, se ele for cordial!"

Ricardo Soneto - Rio


Éramos crianças em São Cristóvão. Estudávamos no mesmo colégio, brincávamos e divertíamo-nos sem preocupações. Crescemos juntos e tornamo-nos homens. Sempre amigos e confidentes. Não havia dia em que não nos falássemos, seja pessoalmente, por telefone ou trocando e-mails. Victor foi o irmão que não tive.

Floriano de Almeida - Rio


Victor era o meu amigo otimista, sempre de alto astral, tão alto que muitas vezes parecia "irresponsável" aos olhos alheios. Tê-lo como conselheiro em nossas crises e depressões era tudo o que queríamos, porque nada era tão grave que não pudesse ser resolvido no dia seguinte. É muito difícil escrever, falar, enfim, pensar no Victor com os verbos no passado. Para seus amigos, ele está sempre presente pela tatuagem sutil que imprimiu em nossas vidas. Não perdi somente uma pessoa muito querida, mas alguém que gostava muito de mim, de todos que o rodeavam, dele mesmo, da vida.

Rosane Nicolau - Rio


É impossível saber, mas apenas imaginar, o quanto uma pessoa pode deixar marcas em outras. Ficou registrada nas lembranças que tenho de minha infância a expressão do Victor ao me trazer clandestinamente uma pasta de amendoim com chocolate. E me lembro ainda mais intensamente de seu prazer contagiante ao comer a tal pasta. Algo em Victor me atraía, fazendo com que prestasse atenção sem saber que estava ouvindo muito além do que podia notar. Isso que ouvia era "música". Uma "música" que não podia ser tocada através de nenhum instrumento, mas apenas pelo conto de um artista vinte e quatro horas por dia. Alguém que não somente enxergava como ressaltava a beleza das coisas mais simples. "Por acaso", na minha infância quis escrever um livro. Outra vez "por acaso" fiz minha monografia sobre limites interpretativos. Certamente, escrevi acompanhada. Victor Giudice estava para além do "ser contista". Ele era o próprio conto. Alguém que durante esses pouco mais de vinte anos me contou não haver limites entre realidade e ficção.

Alba Santos - Rio


Enquanto eu viver, vou guardar o Victor no meu coração. Gostava dele e ele gostava de mim.

Carlão, porteiro - Rio


| SEGUE |
[SEGUE]